O BISCOITO MOLHADO
Edição 5353 FM
Data: 17 de fevereiro de 2018
FUNDADOR: CARLOS EDUARDO
NASCIMENTO - ANO: XXXV
NOVOS CAMINHOS
Vou
enveredar por novas sendas, esperando não encontrar pedras no meio do caminho,
em que tropece, desorientado, carregando o peso de idade provecta e possa
chegar sem percalços são e salvo ao destino: a Padaria onde se produz a massa
que alimenta o cérebro, que é a alma.
Pelo atrevimento, espero não sofrer uma indigestão nesse caminhar onde
tudo acontece em extrema velocidade. É a Era Digital, da Globalização, da Supertecnologia
nas comunicações.
O
mundo encolhe, está à mão e à vista, o futuro é agora. O que vier adiante, não
será surpresa, ao se reconhecer que, por mais juntos que estejamos uns dos
outros, vivemos apartados, satisfeitos com o que vai e vem via Internet. A
Cultura, que o dicionário traduz como atividade e desenvolvimento da
intelectualidade, o saber ou a instrução,– isso quando se trata da ilustração do espírito, é
o assunto em pauta.
Há mais a dizer, porém o dito já é suficiente, para citar apenas o
complexo dos padrões comportamentais.
Nesse item, a coisa complica. Fica difícil entender, para poder
explicar. É de estarrecer o comportamento de certos “Alguéns” instalados nas
elevadas cúpulas do Poder e ao seu derredor. Para não ir longe em divagações e ficar perdido nas
digressões filosóficas, o que se tem visto é a mais extrema falta de caráter de
certos cidadãos e cidadãs, de nada ilibada conduta – estão assaltando os cofres
públicos, invadindo as estatais, num verdadeiro arrastão de delinquentes
chinfrins, metendo as mãos nas burras públicas, levando o que o popular chama
de propinas, suavizando a terminologia da apropriação indébita, ou seja, roubo
descarado. É lamentável o que acontece, com a desculpa de que é tradição, vem
dos velhos e carcomidos tempos coloniais. Que seja, não terão inventado nada, a
não ser a o uso de artifícios modernos. São tão canalhas como os de
antigamente, ponto parágrafo. É possível que tenham pensado, com seus botões e
suas adoráveis companheiras, que poderiam viver à larga, pelo facilitário do
Caixa 2, que lhes facilitou o uso
de joias caras, de ternos de grife feitos sob medida, para ligeiro disfarce da
barriga já passando dos limites, alimentada por comidas exóticas, vinhos
refinados, servidos com requinte, em restaurante de alto luxo, coisa de dar
inveja a potentados. Por enquanto, estão sofrendo a desdita dos malfeitos,
cumprindo confinamento no “resort” de Bangu, alguns amargando a companhia de
meliantes chinfrins, que, comparando-se uns e outros, constata-se que são todos
da mesma laia (Uff!). Como já estando caindo na real, partiram e outros
seguirão o mesmo roteiro, sem outra solução, senão
abrirem o bico, isto é, negociarem “delação premiada”, revelando as falcatruas
bilionárias, de si próprios como dos companheiros e companheiras de safadeza.
Embora, no íntimo, estejam na expectativa, quem sabe, de uma anistia ampla,
geral e irrestrita, vinda de quem tem o Poder, embora muitos estejam também enredados
nas teias da roubalheira. Todos se dizem inocentes, de nada sabiam,
consideram-se perseguidos pela imprensa e por “inimigos” políticos e invejosos.
Em suma, uma canalha só, um bloco dos
sujos, metido num beco sem saída.
O assunto pretendido seria, como o é, Cultura, porém o que foi dito,
numa extrapolação de catarse, pode ser, no final, uma verdadeira explosão
atômica. Para completar, vale dizer que a Cultura teria surgido no princípio da
Era Paleolítica, quando o homem passou a ser capaz de transmitir os modos de
conduta não herdados geneticamente e usado o intelecto para descobrir o que
terá surgido e transformado o mundo. E as transformações continuam a uma
velocidade descomunal. A cada
minuto tudo se altera, o que virá, pode ser de estarrecer. Será que estamos
preparados?
Padaria boa é assim, bom pão, quente e a toda hora.
ResponderExcluirQuem dera chegar a tal "idade provecta" com lucidez, vivendo e participando de cada momento atual como o autor da coluna.
O brilhantismo e talento exibidos não posso desejar pois que não os tive enquanto jovem.
Pensando bem já estou naquela idade provecta ou avançada visto que mais de 73 anos é muita luta neste falido sistema de coisas que é o nosso tão amado Brasil.
Ler e reler...
ResponderExcluirEncontrar o sentido real
A alma, como a encontrava Rodin
Ao buscar o autêntico Honoré na pedra
Mas a nossa alma que deveria alçar os píncaros
Está presa ao chão
Sofrendo o efeito da gravidade
Ancorada às imensas vilanias...
Ainda não consegui aceitar o feminino e o masculino
dos brasileiros e brasileiras, da presidenta
que para mim se fundem
em cidadãos
Minha tão amada Flor do Lácio
Até ela
Tão bela
Posta a serviço
da ganância
que nos transformou em tipos
esquecido o sangue derramado
para que fossemos
apenas UM.
Desculpe a palavra solta e a fratura exposta no pé quebrado mas como os pardais não cantam, chilreiam, coloco o que mais me dói neste falido, sujo, corrupto sistema de coisas, a tentativa de separação do nosso povo sempre tão hospitaleiro, tão solidário, tão uno.
ResponderExcluirJá tivemos Novos Baianos no qual nem todos o eram, Simone, Baby Consuelo, Clara Nunes.
Subvertem-se pessoas para que sejam aceitas.
Amo o meu Brasil que conheci na mais tenra infância e que não reconheço mais.
Tanto aguardava a publicação de um novo Jorge Amado, um Rosa como a nova canção de Luiz Gonzaga.