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sábado, 17 de fevereiro de 2018

3093 - FM Intervenção já!



O  BISCOITO  MOLHADO
Edição 5353 FM                           Data: 17 de fevereiro de 2018

FUNDADOR: CARLOS EDUARDO NASCIMENTO - ANO: XXXV


NOVOS CAMINHOS



    Vou enveredar por novas sendas, esperando não encontrar pedras no meio do caminho, em que tropece, desorientado, carregando o peso de idade provecta e possa chegar sem percalços são e salvo ao destino: a Padaria onde se produz a massa que alimenta o cérebro, que é a alma.  Pelo atrevimento, espero não sofrer uma indigestão nesse caminhar onde tudo acontece em extrema velocidade. É a Era Digital, da Globalização, da Supertecnologia nas comunicações.
  
    O mundo encolhe, está à mão e à vista, o futuro é agora. O que vier adiante, não será surpresa, ao se reconhecer que, por mais juntos que estejamos uns dos outros, vivemos apartados, satisfeitos com o que vai e vem via Internet. A Cultura, que o dicionário traduz como atividade e desenvolvimento da intelectualidade, o saber ou a instrução,– isso quando se trata  da ilustração  do espírito,  é o assunto em pauta.

     Há mais a dizer, porém o dito já é suficiente, para citar apenas o complexo dos padrões comportamentais.  Nesse item, a coisa complica. Fica difícil entender, para poder explicar. É de estarrecer o comportamento de certos “Alguéns” instalados nas elevadas cúpulas do Poder e ao seu derredor. Para não ir longe  em divagações e ficar perdido nas digressões filosóficas, o que se tem visto é a mais extrema falta de caráter de certos cidadãos e cidadãs, de nada ilibada conduta – estão assaltando os cofres públicos, invadindo as estatais, num verdadeiro arrastão de delinquentes chinfrins, metendo as mãos nas burras públicas, levando o que o popular chama de propinas, suavizando a terminologia da apropriação indébita, ou seja, roubo descarado. É lamentável o que acontece, com a desculpa de que é tradição, vem dos velhos e carcomidos tempos coloniais. Que seja, não terão inventado nada, a não ser a o uso de artifícios modernos. São tão canalhas como os de antigamente, ponto parágrafo. É possível que tenham pensado, com seus botões e suas adoráveis companheiras, que poderiam viver à larga, pelo facilitário do Caixa 2,  que lhes facilitou o uso de joias caras, de ternos de grife feitos sob medida, para ligeiro disfarce da barriga já passando dos limites, alimentada por comidas exóticas, vinhos refinados, servidos com requinte, em restaurante de alto luxo, coisa de dar inveja a potentados. Por enquanto, estão sofrendo a desdita dos malfeitos, cumprindo confinamento no “resort” de Bangu, alguns amargando a companhia de meliantes chinfrins, que, comparando-se uns e outros, constata-se que são todos da mesma laia (Uff!). Como já estando caindo na real, partiram e outros seguirão o mesmo roteiro, sem outra solução, senão abrirem o bico, isto é, negociarem “delação premiada”, revelando as falcatruas bilionárias, de si próprios como dos companheiros e companheiras de safadeza. Embora, no íntimo, estejam na expectativa, quem sabe, de uma anistia ampla, geral e irrestrita, vinda de quem tem o Poder, embora muitos estejam também enredados nas teias da roubalheira. Todos se dizem inocentes, de nada sabiam, consideram-se perseguidos pela imprensa e por “inimigos” políticos e invejosos. Em suma, uma canalha só, um bloco dos sujos, metido num beco sem saída.
   
     O assunto pretendido seria, como o é, Cultura, porém o que foi dito, numa extrapolação de catarse, pode ser, no final, uma verdadeira explosão atômica. Para completar, vale dizer que a Cultura teria surgido no princípio da Era Paleolítica, quando o homem passou a ser capaz de transmitir os modos de conduta não herdados geneticamente e usado o intelecto para descobrir o que terá surgido e transformado o mundo. E as transformações continuam a uma velocidade  descomunal. A cada minuto tudo se altera, o que virá, pode ser de estarrecer. Será que estamos preparados?






3 comentários:

  1. Padaria boa é assim, bom pão, quente e a toda hora.
    Quem dera chegar a tal "idade provecta" com lucidez, vivendo e participando de cada momento atual como o autor da coluna.
    O brilhantismo e talento exibidos não posso desejar pois que não os tive enquanto jovem.
    Pensando bem já estou naquela idade provecta ou avançada visto que mais de 73 anos é muita luta neste falido sistema de coisas que é o nosso tão amado Brasil.

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  2. Ler e reler...
    Encontrar o sentido real
    A alma, como a encontrava Rodin
    Ao buscar o autêntico Honoré na pedra
    Mas a nossa alma que deveria alçar os píncaros
    Está presa ao chão
    Sofrendo o efeito da gravidade
    Ancorada às imensas vilanias...
    Ainda não consegui aceitar o feminino e o masculino
    dos brasileiros e brasileiras, da presidenta
    que para mim se fundem
    em cidadãos
    Minha tão amada Flor do Lácio
    Até ela
    Tão bela
    Posta a serviço
    da ganância
    que nos transformou em tipos
    esquecido o sangue derramado
    para que fossemos
    apenas UM.

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  3. Desculpe a palavra solta e a fratura exposta no pé quebrado mas como os pardais não cantam, chilreiam, coloco o que mais me dói neste falido, sujo, corrupto sistema de coisas, a tentativa de separação do nosso povo sempre tão hospitaleiro, tão solidário, tão uno.
    Já tivemos Novos Baianos no qual nem todos o eram, Simone, Baby Consuelo, Clara Nunes.
    Subvertem-se pessoas para que sejam aceitas.
    Amo o meu Brasil que conheci na mais tenra infância e que não reconheço mais.
    Tanto aguardava a publicação de um novo Jorge Amado, um Rosa como a nova canção de Luiz Gonzaga.

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